Lisboa a MIL

Vem aí a 3.ª edição do MIL – Lisbon International Music Network

Lisboa a MIL

Vem aí a terceira edição do MIL – Lisbon International Music Network, o festival que divulga e valoriza a música popular alternativa e independente nas melhores salas do Cais do Sodré. Numa altura em que os festivais urbanos se multiplicam, quisemos perceber o que tem o MIL de diferente.

Falámos com Gonçalo Riscado, da Cultural Trend Lisbon – CTL (entidade organizadora do evento), para quem este festival se distingue “por se dedicar à promoção e internacionalização da música popular atual, com especial foco na produção musical vinda dos países de língua portuguesa”. Lisboa torna-se, assim, uma espécie de ponto de encontro de profissionais da indústria da música de vários pontos do mundo, criando “uma ponte entre os mercados da música europeu, africano e sul-americano”, explica.

Ao longo dos três dias do programa, são dados a conhecer mais de 70 novos e entusiasmantes artistas em diversas salas do Cais do Sodré. Que Lisboa está na moda ninguém discute. Há salas para todos os gostos e feitios em diversas zonas da cidade. Segundo um dos fundadores da CTL, a escolha do Cais do Sodré prende-se com a sua importância, mas também com questões logísticas: “este é um bairro central na vida noturna lisboeta que congrega uma diversidade de salas de espetáculos e clubes nocturnos que possibilitam este modelo de programação”.

Lula Pena é a estrela do concerto de abertura, que acontece no B.Leza a 27 de março

 

Programa artístico

Entre os variados nomes que integram o cartaz, destacamos os nacionais A Negra, Blaya, PAUS, Filho da Mãe, Octa Push, Cave Story ou Conan Osiris. Há muitos mais (ver programação integral aqui), escolhidos de forma criteriosa: “os nomes que integram o alinhamento são artistas emergentes que têm potencial de exportação e internacionalização”. A organização procura sempre “propostas musicais que fujam ao circuito de música mainstream e que estes artistas introduzam um fator de novidade dentro das tendências da música popular atual”.

E que dizer, então, do grande boom na produção da música nacional alternativa dos últimos tempos? Gonçalo Riscado é perentório: “nesta última década, a produção de música independente em Portugal desenvolveu-se de forma significativa. Deste crescimento resultaram e continuam a resultar projetos e coletivos muito interessantes que dinamizam um circuito de música que é bastante rico e diversificado”. Por isso mesmo, o MIL ”está de olhos postos nesta realidade e procura fazer a ponte com os circuitos de música internacionais”.

MIL PRO

O festival tem também uma vertente dirigida a profissionais com uma componente de formação: masterclasses e workshops, encontros de networking e debates sobre tópicos relevantes para a indústria da música. Para a CTL, esta vertente funciona como “plataforma de inovação, fornecendo ferramentas teórico-práticas essenciais para as diversas áreas do setor da música”. Este é, aliás, um dos grandes trunfos do MIL, uma vez que proporciona “várias oportunidades de negócio e intercâmbio, possibilitando o contacto entre agentes e profissionais de todo o mundo.”