Este evento já ocorreu.

Antevisão das retrospetivas Cecilia Mangini e Ulrike Ottinger

cinema
6 agosto 2021
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
Antevisão das retrospetivas Cecilia Mangini e Ulrike Ottinger

Em outubro o Doclisboa presta homenagem ao cinema de Cecilia Mangini, um dos nomes maiores do documentário em Itália, e dedica uma retrospetiva à obra integral da cineasta, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, e com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.

Para assinalar esta retrospetiva o Doclisboa e a Cinemateca Portuguesa apresentam uma sessão de antecipação, com a exibição deIgnoti alla cittàStendalì (Suonano Ancora) e La Canta delle Marane, os três primeiros filmes da cineasta, fruto de uma colaboração com Pier Paolo Pasolini, que são exibidos em conjunto com Laokoon & Söhne, a primeira obra de Ulrike Ottinger (realizada a meias com Tabea Blumenschein).

Ulrike Ottinger, figura ímpar do Novo Cinema Alemão, é também homenageado com uma retrospetiva na 19.º edição do Doclisboa, que decorre entre 21 e 31 de outubro.

Programa:

Ignoti alla città
Cecilia Mangini | Itália | 1958 | 10’
O primeiro filme de Mangini, retirado de circulação pela censura da altura, retrata a vida, problemas e esperanças de um grupo de rapazes dos subúrbios marginais e pobres de Roma. Pier Paolo Pasolini, então escritor e amigo da realizadora, contribui com as palavras que nos guiam pelas imagens de Mangini.

La Canta delle Marane
Cecilia Mangini | Itália | 1961 | 10’
Visão vibrante e sensual sobre a dissolução de fronteiras, La canta delle marane acompanha um grupo de rapazes que brinca à beira de um rio nos subúrbios de Roma. Toma a forma de um poema visual dedicado àquela zona periférica, que teve um papel importante nas narrativas de Pier Paolo Pasolini. Este filme inspira-se no romance de Pasolini, Ragazzi di vita (Meninos da Vida).

Stendalì (Suonano Ancora)
Cecilia Mangini | Itália | 1960 | 11’
Em Salento, no sul de Itália, mulheres vestidas de preto lamentam os mortos. Em Stendalì, Mangini retrata esta tradição num ritmo frenético, quase alucinatório, amplificado pela música vanguardista de Egisto Macchi.

Laokoon & Söhne
Ulrike Ottinger e Tabea Blumenschein | RFA | 1972-73 | 48’
Num país imaginário, habitado apenas por mulheres, Esmeralda del Rio empreende uma série de transformações, tornando-se viúva na tundra gelada, patinadora no gelo e até o gigolô Jimmy. Este primeiro filme de Ottinger, raramente projetado, é em si um ato de metamorfose, com a autora a passar para o cinema após trabalhar como artista e fotógrafa. O turbilhão excêntrico de imagens, acompanhado de uma narração divertida e caprichosa, é um exercício surrealista, um ritual e um jogo requintado tão sério como só os jogos o podem ser. “Os contos de fadas estão a chegar; os contos de fadas vieram para ficar.”

Local: