Carlos Mensil

Na verdade, mais do que específica ao espaço, esta exposição – instalação é específica ao contexto do lugar ou dos múltiplos símbolos que a história do lugar convoca. (…) O mais interessante desta obra não é confiado aos sentidos mas sim à nossa experiência e à nossa memória (ou às nossas ideias) do que sabemos do lugar e dos símbolos que lhe associamos. (…) Contudo, a correspondência entre os lugares apresenta-se mais misteriosa e desorientadora do que reveladora de uma qualquer resolução ou final. E, em última instância, é desta sensação entre o fascínio e o terror por perceber o final (ou o que ou quem o determina) que And from the dust it shall return trata. Por mais livros — sagrados ou profanos — aos quais tenhamos acesso, continuamos sem resposta sobre o que é o final, o que é a morte. A aura de And from the dust it shall return reside assim nos símbolos que convoca.

Luísa Santos

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