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Cérebro – Mais Vasto que o Céu

artes, ciências
16 março a 10 junho 2019
vários horários
Fundação Calouste Gulbenkian
Cérebro – Mais Vasto que o Céu

A Fundação Calouste Gulbenkian apresenta, a partir de 19 de março, uma exposição que celebra a extraordinária complexidade do cérebro humano, nas suas múltiplas representações, da ciência à arte e à filosofia. O título, Cérebro: mais vasto que o Céu, inspira-se num poema de Emily Dickinson, The brain is wider than the Sky, no qual a poetisa norte-americana descreve ainda o cérebro humano como mais fundo que o mar” e “com o exato peso de Deus”. Com curadoria científica de Rui Oliveira, a exposição desenvolve-se em três núcleos temáticos, cada qual com o seu conceito fundamental, e apresenta informação sobre o estado atual do conhecimento das neurociências, de um modo amplamente interativo, e com múltiplas janelas abertas para a mente humana. Com colaborações de artistas como o músico Rodrigo Leão e o artista plástico Leonel Moura, e com recurso a surpreendentes instalações interativas, a iniciativa promete amplas oportunidades de deslumbramento aos visitantes.

Módulo I – No princípio não havia cérebros

Este núcleo aborda a origem dos cérebros, enquanto processo de evolução biológica, apresentando a complexidade do cérebro humano como parte deste contínuo evolutivo. Incluem-se modelos em 3D de cérebros de diferentes vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e é explicado o modo como o cérebro recebe informação sensorial e executa programas motores. O visitante vai deparar-se com uma monumental escultura de um neurónio com 12 metros de comprimento suspensa do teto e iluminada com leds que simulam disparos neuronais em reação à presença de visitantes. Para ilustrar o papel do córtex sensorial e motor, estarão disponíveis um homúnculo motor e um homúnculo sensorial interativos.

Módulo II – Pense no Cérebro

A peça central deste núcleo é uma Orquestra de Cérebros, que consiste numa instalação multimédia na qual quatro visitantes podem visualizar e ouvir, em simultâneo, a sua atividade cerebral. Os sinais, captados por um capacete, são projetados numa tela de grandes dimensões e a sua tradução em sons foi desenvolvida por Rodrigo Leão. É explicado o modo como a complexidade do cérebro dá origem à experiência mental que temos do mundo e de nós próprios – da memória à linguagem, perceção e emoções e, em formato de cronologia, são apresentados alguns marcos da história do paradigma do cérebro como base biológica da mente. Um quadro de Bridget Riley, da Coleção Moderna do Museu Gulbenkian, ilustra como os princípios percetivos por detrás das ilusões óticas foram utilizados pela corrente artística OpArt. Uma peça interativa sobre animais que possuem a capacidade de aprendizagem vocal – um dos pilares da linguagem oral nos humanos – apoia a secção sobre linguagem incluída neste núcleo.

Módulo III – Mentes Artificiais

Neste núcleo aborda-se como o desenvolvimento da tecnologia na área da inteligência artificial e da robótica tornou possível replicar a complexidade de organização do cérebro e do seu modo de processamento de informação em sistemas artificiais. É também mostrado como a atividade cerebral está a ser utilizada para controlar utensílios externos e como esta tecnologia está a ser aplicada em contexto biomédico em doentes com incapacidades motoras. Os visitantes poderão jogar Mindball, um jogo de futebol mental em que dois visitantes se defrontam movimentando uma bola em direção à baliza do adversário com base nas suas ondas cerebrais. Estarão também expostas várias peças interativas, como uma aplicação em tablet sobre dilemas éticos levantados pela utilização de carros autoguiados.

Local:

Fundação Calouste Gulbenkian

fundação, museu, biblioteca, auditório
Avenida de Berna, 45A 217 823 000 http://www.gulbenkian.pt