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Manoel de Oliveira – O Visível e o Invisível (I)

Retrospetiva integral

cinema
11 dezembro 2018 a 16 janeiro 2019
vários horários
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
Manoel de Oliveira – O Visível e o Invisível (I)

A primeira integral de Manoel de Oliveira (1908-2015) na Cinemateca, depois de três retrospetivas incompletas (dado que o cineasta manteve uma produção regular até ao fim da vida), começa na data do seu aniversário de nascimento, 11 de dezembro, e prolonga-se pelo mês de janeiro.

O título do ciclo é inspirado numa curta-metragem de 2006: Do Visível ao Invisível. Esta designação resume de alguma forma o cinema de Manoel de Oliveira, uma obra que recorre frequentemente ao mistério, à ocultação ou invisibilidade criando um cinema intimista que convida à reflexão por parte do espetador, obrigando-o a preencher o que a imagem não dá a ver. Non ou Vã Glória de Mandar (1990), vencedor do prémio Especial do Júri no Festival de Cannes, é o primeiro filme exibido. Várias imagens de Manoel de Oliveira durante a rodagem antecedem a projecção.

Depois deste filme o ciclo recua e segue uma ordem cronológica que em dezembro termina com os Canibais (1988), filme-ópera distinguido com o prémio de melhor música no Festival Internacional de Sitges, em 1989. A retrospectiva inclui também filmes onde o realizador participou como ator ou em que foi retratado. Manoel de Oliveira terminou o seu primeiro filme, Douro, Faina Fluvial (1931), com apenas 23 anos ainda na época do mudo. Em 2014 apresenta a sua última obra. Entre estas datas realizou mais de 60 filmes.

O programa de dezembro apresenta títulos de um período onde o carácter documental é mais forte, tais como O Pintor e a Cidade (1956) e Acto de Primavera (1963), mas também ficções como Aniki Bóbó (1942) e A Caça (1964).

A sua obra é dominada por personagens que têm um desejo pelo absoluto e que são muitas vezes sujeitas a destinos trágicos. Personagens que refletem as preocupações do cineasta. Para ele os atores “no seu mistério essencial” são determinantes para as personagens. Com ele trabalharam Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Diogo Dória, Catherine Deneuve, John Malkovich, Claudia Cardinale, entre muitos outros.

Ana Figueiredo

 

Programação dezembro:

Non ou A Vã Glória de Mandar

11 dez: 21h30, 14 dez: 15h30

Douro, Faina Fluvial

Aniki Bóbó

12 dez: 19h

Hulha Branca

13 dez: 19h

Douro, Faina Faial

Versão sonorizada com música de Emmanuel Nunes

Portugal Já Faz Automóveis

Famalicão

O Pintor e a Cidade

14 dez: 19h

O Pão

18 dez: 19h

A Caça

18 dez: 21h30, 27 dez: 15h30

O Passsado e o Presente

19 dez: 19h, 28 dez: 15h30

Benilde ou a Virgem Mãe

19 dez: 21h30

Amor de Perdição

20 dez: 19h

Visita ou Memórias e Confissões

21 dez: 19h

Francisca

22 dez: 21h30

A Propósito da Bandeira Nacional

Lisboa Cultural

27 dez: 19h

Vilaverdinho

As Pinturas do Meu Irmão Júlio

O Pão

28 dez: 18h30

Mon Cas – O Meu Caso

28 dez: 21h30

Os Canibais

29 dez: 21h30

Local: