Festival Triste Para Sempre

O festival de cinema Triste Para Sempre realiza-se pela terceira vez com o objetivo de promover o cinema independente e de autor, apresentando filmes nacionais e internacionais realizados nos últimos dois anos. As obras exibidas refletem as várias dimensões da tristeza, abrindo um espaço seguro para explorar emoções. O Triste ambiciona levar a tristeza ao grande ecrã, com o objetivo de normalizar a (con)vivência com este sentimento denso e complexo, uma vez que é experienciado por todos nós de uma forma singular.

A edição de 2021 conta com duas longas metragens e 31 curtas metragens que compõem as duas secções competitivas: Nacional e Internacional. São oito sessões, cada uma com um tema diferente, entre outros, saúde mental, nostalgia, morte, solidão, a dicotomia partir/ficar.

Dos filmes exibidos destaque para as curtas Eva, de Bernardo Lopes, centrado no silêncio gritante da personagem principal que vive o sofrimento de uma relação abusiva, para Beekeeper, de William McGregor, uma história real sobre uma tratadora de abelhas do País de Gales que enfrenta a perda iminente do trabalho face à construção de uma central nuclear e para Noite Perpétua, de Pedro Peralta, baseado num acontecimento dramático e verídico do pós-guerra civil espanhol.

O festival encerra com a exibição de Les Statues de Fortaleza, de Fabien Guillermont, um documentário que aborda a questão dos refugiados venezuelanos no Brasil e com Pelas Mãos de Quem Me Leva, de João Côrtes, um retrato de uma rapariga órfã, de 22 anos, que na sua perda e solidão, conhece um homem mais velho que traz mudanças à sua vida.

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