teatro
As novas criações de Catarina Requeijo
Atriz e encenadora dedica-se aos espetáculos para os mais jovens
A atriz e encenadora Catarina Requeijo tem dedicado grande parte da sua vida a criar para os mais novos. Começou por fazer teatro na universidade, em Coimbra, e rapidamente percebeu que era a sua vocação. Trabalhou em várias companhias e em projetos com outros artistas antes de se dedicar à criação. Este mês, estreia Não há duas sem três no LU.CA e Quem vai ao mar no Teatro Nacional D. Maria II.
No próximo dia 14, Catarina Requeijo estreia no LU.CA-Teatro Luís de Camões a peça Não há duas sem três, terceira parte de uma trilogia iniciada com A Grande Corrida e Muita Tralha Pouca Tralha, espetáculos que continuam a rodar pelo país. Nestas peças, Catarina é responsável pelos textos, a par de Inês Barahona, pela encenação e pela interpretação.
“São espetáculos portáteis, com poucos recursos técnicos, de forma a serem passíveis de transportar para todo o lado”, diz a criadora. “Eu gosto muito de rodar espetáculos, de os levar a locais onde, normalmente, os objetos artísticos não chegam. Já fiz espetáculos em adros de igrejas, conventos, praças e bibliotecas, por exemplo. O importante é criar uma relação de proximidade com o público”, sublinha.
E é o que se vai passar no LU.CA onde estará, não no palco, mas na plateia, com os mais pequenos bem pertinho dela.
Também este mês, Catarina apresenta no Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII) Quem vai ao mar, e, em fevereiro, Quem espera, duas peças integradas no Boca Aberta, programa que coordena desde 2015. Trata-se de um projeto de continuidade, o “que não é muito frequente neste tipo de trabalho”, onde se criam espetáculos para a infância com base em textos que integram o Plano Nacional de Leitura, clássicos da literatura e obras de autores portugueses e estrangeiros de vários géneros: romance, conto, teatro e poesia.
Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, os espetáculos são apresentados ao público pré-escolar da rede pública da cidade, ora nas escolas, ora no TNDMII, para além das apresentações para famílias e público em geral.
O segundo espetáculo deste ano, Quem Espera, não tem encenação de Catarina, mas sim de Luís Godinho: “Gosto muito deste projeto, tenho imenso orgulho do serviço público que se faz com ele, mas também acredito ser importante envolver outras pessoas e dar-lhes a oportunidade de criar os seus próprios objetos”