música
Discos Submarinos a emergir
Benjamim leva os músicos da sua editora ao Teatro Taborda
Vem aí a primeira edição do Festival Discos Submarinos, certame que resgata o nome à editora criada há dois anos pelo músico Benjamim. A 21 de setembro, o Teatro Taborda, na Costa do Castelo, recebe um final de tarde que junta, pela primeira vez, os artistas que fazem parte do catálogo da editora, como Beatriz Pessoa, Margarida Campelo ou Velhote do Carmo.
Benjamim decidiu criar a sua própria “marca” quando ficou sem editora para lançar a sua música. “Percebi que tinha de reativar o velho sonho de criar um selo discográfico, para poder lançar a minha música e gerir o meu catálogo. Também percebi que todos os meus amigos, bem como a maior parte das pessoas que fazem música hoje em dia, estão órfãs de estruturas que se dediquem a trabalhar e editar música. Vivemos todos isolados por detrás dos nossos perfis de internet e eu quis criar uma comunidade vibrante, humana”, explica o músico e produtor.
O nome – Discos Submarinos – foi inspirado no seu próprio estúdio, uma cave de 14 metros quadrados, e “brinca um bocado com esta ideia de sermos permanentemente artistas emergentes, mesmo quando já temos uma década de carreira, ou de sermos velhos demais para ser promessa. O nosso lema é ‘Discos Submarinos a emergir.’”
Até à data, o catálogo inclui editados cinco álbuns e um EP: o primeiro EP de Velhote do Carmo, Páginas Amarelas (2022); o primeiro álbum de originais de Margarida Campelo, Supermarket Joy (2023); o terceiro registo de estúdio de Beatriz Pessoa, Prazer Prazer; Bolero (2024), de Tape Junk & Pedro Branco; Vigia (2024), de Tipo, e o sexto álbum de originais de Benjamim, As Berlengas (2024). Apesar de ser uma estrutura pequena, a editora pretende, no futuro, ter “muito mais música, muitos mais discos”, com foco “no talento, dedicação, amizade e risco”, garante Benjamim.
Para celebrar estes dois anos, a 21 de setembro, os artistas que fazem parte do catálogo reúnem-se num dia de concertos no Teatro Taborda, num evento chamado Festival Discos Submarinos. Benjamim, Beatriz Pessoa, Margarida Campelo, Tipo, Tape Junk & Pedro Branco, Velhote do Carmo e Rita Cortezão (uma das mais recentes aquisições da editora, com um álbum a sair no próximo ano) dividem-se por dois palcos: o Jardim do Café da Garagem, com uma das melhores vistas sobre a cidade de Lisboa, e a Sala Principal do Teatro Taborda.
A partir das cinco da tarde, haverá “música, energia e amor, num dos mais bonitos espaços culturais da cidade, prontos para fechar o verão em grande estilo”. O objetivo deste festival, segundo o produtor, é “mostrar às pessoas que ouvem a nossa música aquilo que andámos a fazer nestes últimos dois anos, bem como aquilo em que andamos a trabalhar para o futuro, como é o caso da Rita Cortezão ou as canções novas de Velhote do Carmo”.