agenda
Os dias de Batida
As sugestões do músico para fazer esta semana
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É já no início de março que Pedro Coquenão, conhecido por Batida, apresenta no Lux Frágil o seu espetáculo de estreia no teatro, 1 Dj + 1 Microfone. Até lá, sugere outros programas a não perder em Lisboa.
“Nós precisamos de dançar juntos mais do que fazer pão em casa.” É assim que o músico Pedro Coquenão, ou Batida, apresenta 1 Dj + 1 Microfone, a sua estreia na escrita para teatro e encenação. A 6 de março, às 22h30, no Lux Frágil, estará o ator Manuel Moreira, num espetáculo que cruza teatro, stand up e clubbing, convidando o público a escutar e a movimentar-se pelo espaço, “em diálogo com os outros corpos presentes, baralhando as diferenças entre plateia e pista, palco e clube, espaço informal e espaço encenado, improvisado e ensaiado”. O texto, explica, é autobiográfico e íntimo, ao mesmo tempo que interage com a atualidade, o contexto e quem está na sala.
Meet: Criminalizar o Racismo?
28 fevereiro, 18h30
Sede SOS Racismo
O SOS Racismo organiza conversas, com jantar incluído, na sua sede. Pedro Coquenão sugere aquela que acontece nesta sexta-feira, 28. “Fica mesmo ali ao lado da Gulbenkian e tem um ambiente muito familiar e íntimo, por ser numa casa”, sublinha. Para o DJ, é necessário “dar força” a estas associações que lutam por “causas que se mantêm atuais e, infelizmente, cada vez mais atuais do que nunca”.
Discoteca Flur
Mercado de Arroios
Comprar um vinil numa loja de discos independente é um dos programas sugeridos por Batida para esta semana. “Felizmente, muitas têm-se mantido, como a Flur. Sempre que sai um disco da editora Príncipe, tento comprar ali, porque é o mais próximo de comprar diretamente aos artistas. A Flur não é uma loja que tem tudo, mas tem tudo aquilo que querem vender, porque tem uma curadoria e vende apenas aquilo que acreditam ser bom.” Pedro sugere ainda uma outra loja: a Tubitek, mesmo ao lado da saída do Metro do Chiado.
Kit Garden, de Joana Vasconcelos
Largo do Intendente
Esta é uma sugestão para quem está apaixonado, diz. “Passar pela Rua de Benformoso, sem olhar condescendente ou contemplativo, a caminho da obra Kit Garden, da Joana Vasconcelos, um bom lugar para namorar. Sugiro entrar pelo lado sul e terminar já no Largo do Intendente. É um sítio bonito, com privacidade e namorar ali parece-me a melhor maneira de lhe dar uso.”
ADR – Associação Desportiva e Recreativa “O Relâmpago”
“Esta associação tem uma componente muito forte de inclusão. Convoca toda a gente, não faz distinções de sexos e de idades e presta muita atenção ao desporto feminino. É muito familiar também, cada jogo acaba por ser um encontro e um convívio, é dado valor a isso. Gosto desta ideia de uma Lisboa associativa, ligada à vida dos bairros”, afirma Pedro, sugerindo que se procure a associação, que neste momento anda à procura de um lugar para a sua sede entre São Vicente e Penha de França. Pode tornar-se sócio, aconselha, e assistir a um dos jogos ou provas, já que são várias as modalidades que têm, do atletismo ao xadrez, passando pelo boxe, o ciclismo e o futsal.
Plantação, de Kiluanji Kia Henda
Campo das Cebolas
Para Batida, qualquer dia da semana é bom para ir até ao Campo das Cebolas e “imaginar a lindíssima obra Plantação, de Kiluanji Kia Henda, um memorial às pessoas escravizadas, previsto para aquele lugar, mas com execução suspensa”. “É uma obra muito bem pensada, que daria uma profundidade emocional e poética a esta zona”, acrescenta.