Miguel Palma

Compreender o trabalho de um artista, é a tentativa de entender a sua linguagem,  as problemáticas que a sua voz propõe comunicar. O privilégio de acompanhar, numa visita ao ateliê, esse processo criativo e de produção da obra de arte permite observar um espaço privado e muitas vezes inacessível de trabalho de criação.

A obra de arte  pode  surgir  num  ateliê, no  entanto  o trabalho da sua conceção muitas vezes está a ser desenvolvido ao longo de anos nos mais variados lugares, assim o ateliê é um lugar de fronteiras permeáveis e complexas que não se circunscreve a um só espaço.

O ato criativo, tal como foi largamente debatido no seculo XX por artistas conceptuais e outros cujo trabalho é realizado in situ, é concebido pelo artista, onde quer que o mesmo esteja.

A exposição Local de Trabalho, do artista Miguel Palma propõe entender  como é realizado esse ato do pensamento, do conceito à obra? Como funciona um ateliê? Como se desenvolve a dinâmica da produção? No escritório de advogados, onde a coleção  da  Fundação Vasco Vieira de Almeida  se insere, estas perguntas também são  comuns  a  muitos dos colaboradores, que convivem paredes meias com as obras de arte  em  exposição.

Obras que propõem a reflexão sobre este tema central do lugar do trabalho e da conceção de ideias.

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