Albino Moura

Albino Moura (1931-2019) caracterizou-se por desenhar figuras femininas que se integram paisagens tranquilas. Devido às suas formas arredondadas estas figuras tornaram-se facilmente identificáveis, marcando a sua obra.

Numa fase posterior, houve nele um retomo definitivo à figuração – uma figuração muito pessoal, entenda-se – intuída especialmente pelo ritmo das formas na pintura, onde não há concessões ao detalhismo, mas é notório um novo sentido da cor, mais alegre, e pela crescente agilidade no desenho.

Poeta das formas, a sua pintura, construída através de encantados olhares, é referencial com recreações medidas e tons incisivos que acentuam tendências e paisagens humanas, revelando um pintor com grande base técnica e fortes conhecimentos da sua arte, que chega até nós em renasceres continuados que buscam as fronteiras do tempo e sentem que a imaginação não sabe de ocasos porque por detrás deles há sempre uma nova alvorada.

O artista recebeu orientação artística do suíço Fred Kradolfer, que introduziu o cartaz em Portugal, de quem herdou o traço e o naturalismo formal.

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