Os dias de Pedro da Silva Martins

As sugestões do músico e compositor lisboeta

Os dias de Pedro da Silva Martins

Um podcast, um documentário e dois passeios. Pedro da Silva Martins escolhe quatro programas para fazermos esta semana... ou até nas próximas.

Depois de atuar numa sala esgotada no concerto de apresentação do novo disco de Lena d’ Água, Tropical Glaciar, de que é o autor de todas as letras e músicas, Pedro da Silva Martins prepara-se para voltar ao Teatro São Luiz, no próximo dia 29 de novembro. Desta vez, irá com Cara de Espelho, a banda que o junta a Carlos Guerreiro, Luís J. Martins, Sérgio Nascimento e Maria Antónia Mendes. São também dele todas as palavras e composições do primeiro álbum do grupo, que saiu este ano e que tem temas orelhudos como Dr. Coisinho e Paraíso Fiscal. Outro projeto que o ocupa por esta altura é o espetáculo de Ainhoa Vidal, que será estreado em Lisboa, no início de 2025, no Centro Cultural de Belém (de 30 de janeiro a 2 de fevereiro). Em Aruna e a arte de bordar inícios, um teatro de sombras cantado por uma criança, sobre o que nos acontece depois de uma catástrofe, Pedro assina também a composição e as letras.

 

Podcast Histórias de Lisboa

Site SIC Notícias

Começou há menos de um mês e Pedro da Silva Martins não tem perdido um episódio. “Nas últimas semanas, tenho ouvido religiosamente.” Histórias de Lisboa, o podcast semanal do jornalista da SIC Miguel Franco de Andrade, tem convidado historiadores, arqueólogos e investigadores a partilharem histórias de uma Lisboa esquecida e já desaparecida. “Ajuda-nos a compreender e contextualizar a cidade que hoje conhecemos. É um trabalho notável de Miguel Franco de Andrade, que nos revela, por exemplo, a descoberta de uma casa pré-terramoto durante a instalação de um ecoponto no Rossio ou nos transporta ao antigo bairro do Mocambo, localizado onde hoje se encontra a Madragoa. Vale mesmo a pena ouvir!”

Documentário Por Ti, Portugal, Eu Juro!

Cinema City Alvalade, até dia 20, às 19h45

Estreou nas salas de cinema na semana passada, o documentário de Sofia de Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, jornalistas da revista digital Divergente, feito a partir de uma investigação jornalística que relata a história dos Comandos Africanos da Guiné, uma tropa de elite que arriscou a vida e se viu abandonada depois da Guerra Colonial. “Mal tenha oportunidade, quero passar pelo Cinema City de Alvalade para assistir a este documentário, que aborda uma realidade muitas vezes esquecida da Guerra Colonial: os africanos que lutaram ao lado de Portugal e que, posteriormente, foram abandonados pelo país. Já li sobre o tema e estou bastante curioso”, diz.

Passeio por Monsanto

Todos os dias

Em Monsanto, é seguir aqueles que conhecem. Pedro dá as instruções: “Para quem, como eu, aprecia caminhar e aproveitar um belo dia de verão de São Martinho, recomendo um passeio que comece no bairro do Calhau, junto ao Palácio Fronteira (para quem não conhece, aconselho vivamente a visita guiada ao palácio). Daí, siga em direção ao Moinho das Três Cruzes e suba por um dos muitos trilhos até ao Forte de Monsanto, de onde poderá desfrutar de uma vista deslumbrante da nossa magnífica cidade. Pelo caminho, poderá descobrir algumas das pedreiras de onde se extraíram muitas das pedras da calçada lisboeta, hoje monumentos geológicos surpreendentes e desconhecidos para muitos lisboetas”.

Estádio Universitário com amigo de quatro patas

Todos os dias

Pedro da Silva Martins vive perto e escolhe este lugar para passeios com o cão. “Nada melhor do que um desvio pela Cidade Universitária ao fim de semana. É fácil encontrar estacionamento e há uma vasta área para explorar. Tanto no circuito do Estádio Universitário (entre o Hospital de Santa Maria e a Segunda Circular) como nos arredores: o Jardim do Campo Grande, a Azinhaga dos Barros (que conta com dois parques caninos) e, se ainda houver energia, uma descida até ao Parque Bensaúde, junto à Estrada da Luz”, indica. “Nestes espaços, conseguimos sentir um pouco de Lisboa onde ainda é possível caminhar, longe do caos do trânsito e da azáfama citadina.”