A Montanha Mágica
Um romance para o nosso tempo
Thomas Mann (1875-1950), Prémio Nobel de Literatura de 1929, é com frequência considerado o mais importante escritor alemão do século XX. Nas suas novelas revela-se um profundo analista de uma época à beira de uma crise cultural e expõe os principais problemas políticos e morais contemporâneos. Preocupa-o, de forma persistente, a responsabilidade do artista face à sociedade. A Montanha Mágica, escrita em 1924, é uma novela de grande amplitude filosófica que decorre num remoto sanatório em Davos, nos Alpes Suíços, microcosmos da Europa e da sociedade burguesa nas vésperas da I Guerra Mundial, com o seu fervilhar intelectual e as suas desordens sociais e políticas. A ideia da doença física (a tuberculose) é usada, de forma brilhante, como metáfora para a decadência dos valores anteriores à guerra. O ponto de partida para debate A Montanha Mágica: um romance para o Nosso tempo é o livro O Escândalo da Distância, de João pedro Cachopo, publicado pela Tinta da China, que reflete sobre a atualidade do romance nas suas vertentes histórica, política e tecnológica, e sobre as vantagens e os inconvenientes da distância para o pensamento. “Será a distância – simbolizada pela montanha – um incentivo à reflexão? Ou será um pretexto para a inação, a desistência e a cobardia? Em que consiste a boa distância?” Estas questões e a atualidade do romance são discutidas num debate entre João Pedro Cachopo e António Sousa Ribeiro, o autor da mais recente tradução portuguesa do romance, publicada pela Relógio d’Água.
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