João Gabriel
De Noite, Todos os Gatos
Entrevêem-se corpos à distância. É nesta penumbra, olhando as personagens destas histórias e as acções congeladas num tempo impossível de localizar, que se encontram os gatos. Esguios observadores, os seus contornos tão indefinidos como os das figuras que desenham contra a escuridão, são espectadores passivos do que se faz nas sombras. São eles que vêem quem olha e quem é olhado, sem nunca intervir no enquadramento, existindo num plano intocável duma narrativa tão maleável e lúbrica quanto a sua compleição. De noite, todos os corpos, e todos os gatos, são pardos.
Marta Espiridão
Terça a sexta, a partir das 17h até ao final do espetáculo | sábado, a partir das 15h até ao final do espetáculo
Ficha técnica:
Marta Espiridião, curadoria.
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