Onde vamos livres. Onde vamos presos

Os artistas apresentam trabalhos inéditos que são como gestos quotidianos, centrais na sua prática de ateliê, de observação ou investigação. Aqui, esses gestos aparecem repetidos e reinterpretados.

Revisitar uma biblioteca e os seus arquivos, percorrer florestas ou ruas de uma cidade, repetir palavras até se encontrar algo novo ou observar um banho num dia quente de verão, fazem parte destes movimentos de contemplação profunda, que acontecem em momentos simples no correr dos dias e que geram momentos de encantamento e redescoberta.

Olhar para a prática destes artistas e perceber a importância das referências do seu dia-a-dia na construção do processo de trabalho e desenvolvimento da sua prática é algo que verdadeiramente me interessa porque é possível reconhecer uma verdade absoluta na sua forma de pensar e trabalhar diz Leonor Carrilho, a curadora da exposição.

O título da exposição Onde vamos livres. Onde vamos presos foi retirado de um poema de António Reis, conhecido cineasta e também poeta, embora esta sua faceta seja mais desconhecida -, do seu livro Poemas Quotidianos, publicado em 1967, onde escreve sobre estados de sobrevivência e estados do mundo, revelando as inquietações do dia-a-dia do poeta.

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