Dream On

A liberdade do designer no contexto contemporâneo assume a forma de um ato radical de emancipação das convenções impostas pelo mercado e pelas estruturas de poder que definem a produção cultural.

Num ambiente desprovido de regras pré-estabelecidas, o designer já não é o mero fabricante de um produto, mas torna-se um pensador, um provocador, um crítico da própria sociedade.

O seu trabalho não é guiado por leis económicas, mas por uma busca incessante de sentido, por um desejo de revelar o que escapa à superfície da realidade.
Neste espaço desprovido de imposições, o objeto já não é um meio de troca, mas um veículo de ideias.

O trabalho de design, privado da necessidade de se conformar à lógica da oferta e da procura, é elevado a um veículo de pura expressão, um manifesto que pode reescrever as regras estéticas e funcionais da vida quotidiana. O designer/artista torna-se um arquiteto da experiência, questionando a relação entre o indivíduo e o espaço, entre o homem e a tecnologia, entre a arte e a vida.

Neste processo, a criação torna-se um ato de desobediência. Desobediência não só contra as imposições comerciais, mas também contra uma ordem pré-estabelecida de pensamento e estética.

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