Paulo Romão Brás
Espuma, ruído e atonia (2020-2025)

(…) A obra de Paulo Romão Brás contraria essa vacuidade temporal, surgindo como se de um pêndulo a oscilar se tratasse, sistematicamente, entre a sombra que surge da profundidade da fotografia rasurada e o brilho definido pela cor solar. Os limites de um recorte planificado a duas dimensões, por uma colagem imposta pelas matérias física e digital. Penumbra e contorno, sombra e colorido, balançando com o pêndulo do relógio de parede exposto na sala. (…)
Com «Espuma, Ruído e Atonia», Paulo Romão Brás não pretende quebrar o vidro do relógio, antes convidar-nos a relembrar um tempo em que o artista e sua arte estiveram confinados. epidemiologicamente, clinicamente. Um tempo em que o tempo ficou sem estrutura, parado, mas onde a função do homem como artista esteve a cargo do mundo que o envolve, por sistema. Ou seja, pela ética, ou melhor pela respectiva linguagem comum, a que se pode chamar: Estética.
João Eduardo Ferreira
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