Atau Tanaka, Adriana Sá e Maria do Mar

Onde está a música do som, do espaço, do corpo e da imagem? A pergunta desafiou este trio a entrelaçar as suas sensibilidades. Adriana Sá toca a sua zither, e por vezes um software 3D que molda sons pré-gravados e imagem com base no som da zither. O foco dos seus gestos flui – ancorando-a, propagando-se pelo espaço envolvente, ou evocando outros lugares e outros músicos. Atau Tanaka traduz estados do corpo em som. Coração, músculos, voz e respiração tornam-se fontes de som e dados, excitando e esculpindo um sistema de síntese modular. O corpo torna-se um módulo do sistema.

Maria do Mar explora o seu violino com uma extensão de técnicas e próteses eletroacústicas. As suas emissões sonoras revelam intencionalidade e total abertura ao inesperado – um compromisso entre precisão e acidente. A combinação destas perspetivas criativas consubstancia-se numa dramaturgia que entrelaça momentos de delicadeza e densidade, com reviravoltas surpreendentes.

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