Vocês, que vivem
Os filmes de Roy Andersson
O realizador sueco Roy Andersson estreia, a 15 de outubro, a sua mais recente obra Da Eternidade (Cinema Medeia Nimas), uma reflexão sobre a vida humana. Antecedendo este acontecimento, a Cinemateca apresenta uma retrospetiva, quase integral, do cineasta. O ciclo abre no dia 1 de outubro com a antestreia de Da Eternidade, vencedor no Festival de Veneza do Leão de Prata de Melhor Realizador.
O cineasta, que nasceu em 1943 na Suécia, teve a sua grande estreia cinematográfica em 1970 com Uma História de Amor, o retrato de um primeiro amor idealista que foi muito bem recebido pelo público e pela crítica. Depois do fracasso da segunda-longa metragem, Giliap (1975), Andersson afastou-se do cinema durante mais de 20 anos, trabalhando maioritariamente em publicidade televisiva. Em 2000, o seu regresso ficou marcado por Canções do Segundo Andar, obra que inaugurou a chamada “trilogia dos vivos”, onde se incluem Tu, que Vives (2007) e Um Pombo Pousou num Ramo a Refletir na Existência (2014), este último premiado com o Leão de Ouro, do Festival de Veneza.
A sua obra incide sobre a existência humana, conferindo ao quotidiano e ao mundano um protagonismo inesperado e controverso. Narrativas fragmentárias, tom tragicómico, longos planos fixos e composições de inspiração pictórica, fazem de Roy Andersson um dos mais singulares autores do cinema europeu contemporâneo.
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