Discurso sobre o Filho-da-Puta
Alberto Pimenta
O filho-da-puta é um comemorativista, um amante das datas que celebram as mortes, um militante da acumulação do regresso do passado como peso e inércia dramática e kitch, ele grita em surdina para si mesmo “viva a morte”, como o general de Franco, pois cultua as abstracções herói-maníacas, a megalomania e a grandiloquência, sendo admirador da tortura e do castigo, da sevícia. Sim, nele, tudo tem a ver com a morte, como refere Pimenta, com celebrar a morte mas também com flores de plástico.
Esta peça é um grito gramaticalmente impecável, rigoroso, pela liberdade livre e contra o preconceito e o amiguismo hipócrita e nepótico que continua a constituir os modos da nossa sociabilidade sempre muito atravessadas de ambições de poder e poderes.
Informação e reservas: T.966 186 871 ou comunicacao@teatrodarainha.pt
Ficha técnica:
Teatro da Rainha. Alberto Pimenta, texto; Fernando Mora Ramos, encenação; Miguel Azguime, composição musical; Cibele Maçãs, Fábio Costa, Marta Taveira e Nuno Machado, interpretação.
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