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‘Materialidade e metamorfose’ em Miró
Grande exposição do mestre catalão em Lisboa
Depois de expostas em Serralves, no Porto, a Galeria D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda, recebe as 85 obras do artista catalão Joan Miró que integram coleção adquirida pelo Estado Português, aquando da nacionalização do BPN. Materialidade e Metamorfose está patente até 13 de fevereiro.
Comissariada pelo especialista mundial na obra de Miró, Robert Lubar Messeri, Joan Miró: Materialidade e Metamorfose reúne 85 obras (na Casa de Serralves foram expostas menos sete) de pintura, desenho, escultura, colagem e tapeçaria da coleção de obras do mestre catalão (1893-1983).
As peças, propriedade do Estado Português, compreendem um período de seis décadas da carreira de Miró, de 1924 a 1981, e centram-se na natureza física dos suportes utilizados pelo artista e na elaboração dos materiais como fundamento para a sua prática artística. A perceção da variedade de técnicas em que Miró trabalhava é, porventura, um dos maiores aliciantes deste conjunto de obras.
Na Galeria D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda, podem contemplar-se obras como seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospetiva do artista catalão no Grand Palais de Paris, em 1974.
A exposição chegou ao Palácio Nacional da Ajuda vinda diretamente de Serralves, no Porto, onde recebeu mais de 240 mil visitantes. Recorde-se que esta coleção tornou-se propriedade do Estado Português quando, em 2008, o Banco Português de Negócios foi nacionalizado.