Queer Lisboa’25

O Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer faz um quarto de século, são 25 anos dedicados ao cinema e à cultura queer.

Para comemorar o programa deste ano traz à Cinemateca o realizador Gus Van Sant, nome essencial do cinema independente americano, a quem é dedicada uma retrospetiva com filmes escolhidos pelo próprio. Celebra-se assim a obra inaugural do New Queer Cinema, Mala Noche, de 1986, que é novamente exibido. A retrospetiva inclui ainda filmes consagrados por Hollywood, como Milk, ou pelos grandes festivais, caso de Elephant (Palma de Ouro em Cannes). Van Sant subscreve também uma carta branca dedicada a Andy Warhol criador da Factory em Nova Iorque, espaço que serve de mote ao primeiro espetáculo musical criado pelo cineasta que sobe, este mês, ao palco do Teatro D. Maria II.

O Queer presta igualmente homenagem ao novelista e dramaturgo francês, Jean Genet, que em 1997 fez honras de abertura da primeira edição do festival com a exibição da curta-metragem Un chant d’amour (1950). A 25.ª edição do festival abre com o clássico de 1982, Querelle, de Fassbinder, filme que tem por base a novela Querelle de Brest, de Genet.

O festival encerra assinalando a importância do New Queer Cinema com The Watermelon Woman (1996), da realizadora Cheryl Dunye, um marco histórico para as mulheres lésbicas negras no cinema e que abriu caminho para uma luta, que está longe de estar terminada, pela representatividade.

Para assinalar os 25 anos de existência, o Queer dá também início a um projeto de itinerância (a partir de novembro e até à primavera de 2022), que tem como objetivo levar a experiência do festival a várias localidades do país descentralizando o debate sobre as questões LGBTQI+.

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