Júpiter
Orquestra Metropolitana de Lisboa
A ideia de que Mozart teria aversão à flauta tem origem numa carta que dirigiu a seu pai em 1778, na qual desabafava a falta de motivação para satisfazer uma encomenda que lhe foi feita por um aristocrata e músico amador aquando da sua passagem por Mannheim. Na verdade, dedicou àquele instrumento muita música sublime. É isso mesmo que o 1.º Flautista da OML, Nuno Inácio, se propõe mostrar neste programa à frente da sua orquestra com duas obras escolhidas a dedo.
O Concerto para Flauta N.º 1 foi composto naquela ocasião, mas não transparece qualquer tipo de enfado. Em três andamentos, é pleno de jovialidade e lirismo, para lá de terminar com um Minueto que dispensa apresentações. Revisita depois a derradeira sinfonia, a Júpiter, uma partitura com momentos incríveis protagonizados por uma só flauta no topo da secção das madeiras. Diante de tudo isto, serve de introito uma curta peça para flauta solo de Debussy datada de 1913. Syrinx traduz o nome da ninfa Siringe, e também da flauta de Pã.
Programa
C. Debussy Syrinx, para flauta solo
W. A. Mozart Concerto para Flauta e Orquestra N.º 1
W. A. Mozart Sinfonia N.º 41, Júpiter
Ficha técnica:
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Nuno Inácio - flauta e direção musical
15 €
Local: