Chou Ching-hui

Os jardins zoológicos são a fonte de inspiração criativa de Chou Ching-hui, um contador de histórias cujas narrativas visuais procuram emocionar o espetador, levando-o a procurar conexões relevantes com a sua própria experiência. Por serem espaços repletos de imaginação e conflitos, o fotógrafo taiwanês usa-os ainda como locais de filmagens para apresentar a vida sumptuosa e contraditória da sociedade atual.

Durante cinco anos, o artista realizou grandes produções nos zoos de Hsinchu e Shousha, com atores, cenários intricados e centenas de adereços. Desse trabalho, resultaram imagens surrealistas e teatrais, que encenam comportamentos humanos e interações sociais em recintos artificiais destinados a exibir animais: uma refeição familiar por trás de uma cerca eletrificada, um recreio onde brincam crianças sob o olhar de um leopardo, ou a toilette de uma mulher elegante, rodeada por grades e um fosso.

Animal Farm retrata, assim, um paralelo entre o enclausuramento de uma “jaula” do jardim zoológico e a “jaula” da vida contemporânea. A mostra explora diversos temas que fazem alusão às gaiolas invisíveis da vida moderna através de retratos, instalações, fotografias de grande escala captadas em jardins zoológicos e vídeos gravados em estúdio e num aterro.

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