Restaurar o Passado
Tapeçarias de Arraiolos na coleção do MNAA
Na sua origem, a manufatura dos tapetes de Arraiolos está intrinsecamente relacionada com os tapetes orientais, mas, gradualmente, autonomizou-se da sua matriz e assumiu, sobretudo no decorrer do século XVIII, uma identidade própria. É este conceito que está presente no tapete do MNAA, perceptível na inclusão de animais de cariz popular e no crescente de flores autóctones que invadem o campo da peça e que definem o conhecido “padrão de bichos”.
Incorporado no museu através da doação do eborense Gabriel Victor do Monte Pereira (Évora, 1847-Lisboa, 1911), na primeira década do século XX, este tapete representa também a história recente desta produção, quando, no final do século XIX, surgiu um movimento de crescente interesse pela preservação e salvaguarda da tradição de tapetes de Arraiolos, então quase desaparecida.
Com o mecenato da Herdade de Coelheiros, produtora vitivinícola sensível à preservação do património local, na sua dimensão material e imaterial, o MNAA realizou o restauro deste magnífico exemplar das suas coleções têxteis, conjugando duas das mais conhecidas produções de Arraiolos.
Terça a domingo, das 10h às 18h
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