Robert Panda

A estupidez é um dos traços que definem a condição humana, diz Robert Panda. Para o seu projeto Os Estúpidos, o artista português concebeu instalações escultóricas de rua, onde figuras antropomórficas e estilizadas, feitas com materiais como papel, fita adesiva, fibra de vidro ou cimento, interagiam com os transeuntes, numa abordagem filosófica da estupidez humana.

O Estúpido é sempre o Estúpido. Uma figura tipo camaleão que assume diferentes cores e posturas de acordo com o local e o seu estado de espírito. Cada cor pode expressar um estado emocional diferente. Algumas pessoas dão-lhe um nome pessoal, mas para mim será sempre o Estúpido. O único e inimitável, afirma o artista.

Agora, esse projeto salta da rua para dentro do El Corte Inglés – ou seja, salta do espaço público para o espaço do público.

Porque até a chamada arte urbana, a arte de rua, em forma de mural, instalação ou melodia, é uma espécie de tatuagem que identifica e sinaliza os espaços. E mesmo quando confinados a museus, galerias ou recintos definidos, a arte tem sabido trespassar essas fronteiras e invadir o espaço onde encontra o seu público.

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