Santo António Militar

Santo António é um dos santos mais representados pelos artesãos portugueses e a singular relação do Santo com os militares não escapou à sua criatividade. E este interesse dos artesãos também não passou despercebido ao olhar atento do colecionador Mário Coelho que, entre as mais de 2000 peças da sua coleção, conta com vários exemplares de Santo António Militar.

Depois de, em 2020, o Museu de Lisboa – Santo António ter apresentado a exposição Valha-nos Santo António! em parceria com Mário Coelho, junta-se novamente com o colecionador para produzir esta mostra inédita que destaca um dos padroados que o Santo foi acumulando ao longo dos séculos.

Segundo a tradição, Santo António foi alistado pela primeira vez no exército há mais de 350 anos, no reinado de D. Afonso VI, antes da batalha de Montes Claros. Três anos depois, em 1668, o então regente D. Pedro II recruta Santo António como Soldado raso no Regimento de Infantaria de Lagos.

Foi o início de uma carreira que se estendeu além-fronteiras, com o Santo a receber inúmeros títulos militares, de Soldado raso a Coronel do Exército, no Brasil, Angola, Timor, Macau e Índia. Em 1814, D. João VI atribui-lhe a Grã-Cruz da Ordem de Cristo em reconhecimento da sua intercessão durante o período das guerras napoleónicas.

Na Biblioteca do Exército, 25 peças de 20 artesãos portugueses homenageiam esta ligação do Santo mais popular de Portugal ao Exército português.

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