A Farsa de Inês Pereira
Pedro Penim
Para encerrar a trilogia que vem dedicando à instituição familiar contemporânea, sucedendo a Pais & Filhos (2021) e Casa Portuguesa (2022), Pedro Penim debruça-se sobre Gil Vicente e reescreve a peça que muitos consideram a mais perfeita das obras do “fundador do teatro português”, A Farsa de Inês Pereira. A peça vicentina faz o relato cómico das aventuras e desventuras de uma jovem mulher da média burguesia portuguesa do século XVI que desafia o poder familiar e a mentalidade medieval da sociedade do seu tempo.
Aqui, Penim transforma esta “farsa de folgar” numa obra do nosso tempo, dando à protagonista “uma dimensão mais punk, destruidora e até autodestrutiva”, embora, à semelhança da Inês Pereira quinhentista, a personagem sustente semelhante vontade de “casar para poder sair de casa e deixar de trabalhar”. A Farsa de Inês Pereira propõe, assim, “um olhar cáustico sobre alguns alicerces da sociedade contemporânea, como o trabalho, a sexualidade e a célula familiar”. [texto: Frederico Bernardino/Agenda Cultural de Lisboa]
Ficha técnica:
TNDM II. A partir de Gil Vicente. Pedro Penim, texto; Ana Tang, Bernardo de Lacerda, Hugo van der Ding, June João, Rita Blanco, Stela e Vítor Silva Costa, interpretação.
14 € e 17 € - preço normal (ver descontos aplicáveis)
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