AR – Festival de Cinema Argentino
6.ª edição
O AR – 6.º Festival de Cinema Argentino regressa a Lisboa para apresentar o cinema de autor argentino contemporâneo. Depois do cancelamento em 2020, que afastou o evento do público, este ano o destaque vai para os afetos.
O programa da 6.ª edição exibe várias primeiras obras que pensam e refletem sobre os laços familiares, amorosos, de amizade, entre mães e pais e filhos, laços afetivos que se nutrem com lugares, espaços e determinados tempos. Os filmes dialogam uns com os outros, estabelecem afinidades, destapam leituras inesperadas, começam e continuam conversas que parece que esperam ser completadas. Sete longas metragens são acompanhadas por sete curtas, todas últimos trabalhos de autores jovens. A grande novidade é a secção Arzinho dedicada ao cinema de animação para toda a família.
O festival abre com Qué será del Verano, de Ignacio Ceroi, uma viagem que começa com a autobiografia do realizador que, num registo íntimo de voz off e imagens em found footage, se vai deixando levar pelas histórias lúdicas e destemidas do protagonista de uma espécie de ficção abalroada. A acompanhar o longa é exibido Yo Maté a Antoine Doinel, curta-ensaio de Nicolás Prividera, que questiona e discute a importância da Nouvelle Vague no cinema contemporâneo.
No encerramento é apresentado La Deuda, um filme que reflete sobre uma questão paradoxal: o sentir que estamos longe das pessoas mais próximas. O filme é exibido com a curta El Hombre Bajo la Lluvia, de María Aparicio, que revela a partir de uma entrevista de trabalho para um call center que estar acompanhado pode mais uma forma de solidão.
Programação completa em arcinemaargentino.com
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