As visitas do TODOS
O Festival TODOS apresenta um conjunto de visitas e itinerários pela cidade de Lisboa, que dão a conhecer as perspetivas de pessoas de diferentes origens e países.
Programa:
19 set: 18h45 | À porta da Voz do Operário – Rua da Voz do Operário, 13
21 set: 18h | À porta da Voz do Operário – Rua da Voz do Operário, 13
Mas para onde caminham elas?
Cláudia Andrade & mulheres do mundo
Uma caminhada silenciosa numa cidade ruidosa. Uma jornada poética em cinco andamentos, que reúne mulheres dos cinco cantos do Mundo. São mais de duas dezenas de mulheres que caminham por uma rota oculta. Um passo de cada vez, vão realizando a sua passagem, inscrevendo-se na paisagem, graciosamente. Dão graças enquanto se deslocam no interior do bairro da Graça. Avizinham-se do bairro, caminhando por dentro dele.
22 set: 11h, 15h | Ponto de encontro: Largo da Graça (junto ao Atendimento do Festival)
Inscrição prévia obrigatória p/ festival.todos.reservas@gmail.com ou 93 600 37 73
Pátios, vilas e bairros da Graça
Uma caminhada que nos leva à descoberta de diferentes espaços de habitação que foram surgindo na Graça entre o final do século XIX e o início do século XX. Desde então bairro de “novos” e “velhos” lisboetas, habitado pelo operariado e pela burguesia, as ruas e becos da Graça guardam ainda os traços da heterogeneidade social e das formas de habitar que lhe eram (e são) característicos.
20 set: 14h30 | Ponto de encontro: Palácio dos Marqueses do Lavradio – Campo de Santa Clara (Ex-Tribunal Militar)
Inscrição prévia obrigatória p/ festival.todos.reservas@gmail.com ou 93 600 37 73
O chão do Exército no Campo de Santa Clara
Quantas botas, alpercatas e pés descalços palmilharam este Chão do Exército? Conduzidos por oficiais e cavalheiros, vamos conhecer a história dos edifícios e das suas gentes que, aplicando os tradicionais ofícios da arte da guerra, produziam desde botões a canhões, coronhas, baionetas e sabres. A visita tem início no Palácio dos Marqueses do Lavradio, passa pelas Oficinas Gerais do Fardamento e Equipamento do Exército e termina na Sala dos Gessos, onde se preservam os moldes das estátuas em bronze que notabilizam a cidade. Nesta visita viajamos ao tempo em que o toque do sino prometia uma sopa.
21 set: 15h | Ponto de encontro: A Voz do Operário – Rua da Voz do Operário, 13
Itinerário: Voz do Operário (breve apresentação no pequeno auditório e visita ao edifício) > Escola Oficina nº1
Inscrição prévia obrigatória p/ festival.todos.reservas@gmail.com ou 93 600 37 73
Mutualismo e instrução: Escolarização e poder
No decurso do surgimento do jornal A Voz do Operário, os tabaqueiros fundam, no âmbito dos movimentos mutualista e anarquista, uma sociedade que irá dotar o operariado de escolas e de uma pedagogia próprias, caso da Escola Oficina n.º 1, na Graça.
Desde os finais do século XIX, a Voz do Operário tem sido um dos mais determinantes pólos da luta pelo direito à educação e a melhores condições de vida, assim como a Caixa Económica Operária, ao possibilitar o acesso ao crédito (empréstimos), o que conferiu uma nova dimensão à vida: a de poder projetar o futuro ao assegurar possíveis contingências, reforçando também o sentido de coletividade cívica, letrada e autónoma.