Auto da Criação do Mundo
Bonecos de Santo Aleixo
Os Bonecos de Santo Aleixo estão de volta a Lisboa, com o seu humor, irreverência e tradição.
Estes títeres tradicionais do Alentejo parecem ter tido a sua origem na aldeia que lhes deu o nome. São marionetas de varão, manipuladas a partir de cima, à semelhança das grandes marionetas do Sul de Itália e do Norte da Europa, mas diminutas, entre 20 e 40 centímetros, feitas de madeira e cortiça, vestidas com um guarda-roupa que permite, como no teatro naturalista, identificar as personagens da fábula contada. O essencial dos meios utilizados é composto por um lugar de representação chamado “retábulo”, construído em madeira e tecido florido, reproduzindo um palco tradicional em miniatura, com pano de boca, cenários pintados e iluminado com candeias de azeite. Possui uma rede dupla de cordéis, colocada verticalmente entre os Bonecos e o público. Os manipuladores estão ocultos por panos de chita. A música, guitarra portuguesa e cantigas, é interpretada ao vivo e os textos, transmitidos oralmente, resultam de uma fusão entre a cultura popular e uma escrita erudita.
O repertório consiste em peças de tradição secular, de teor basicamente religioso, para além de outras, cujos textos pertencem, em geral, à chamada literatura de cordel. A representação inicia-se sempre com o Baile dos Anjinhos ou Contradança. As figuras carismáticas são o Padre Chancas e o Mestre Salas, que, por tradição, tem uma moca, com a qual castiga ou abraça o Padre, enquanto este prega.
Ficha técnica:
Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e Vítor Zambujo, atores-manipuladores; Gil Salgueiro Nave, acompanhamento musical.
8 €
Local: