Birdland
Simon Stephens/ Artistas Unidos
Na reta final de uma digressão, Paul, uma estrela de rock, prepara-se para voltar a casa, em Londres. Apesar do sucesso e da aclamação conseguida nas grandes capitais europeias, o músico está à beira do colapso, e o seu comportamento oscila constantemente entre o charme manipulador que arrebata os fãs e as perturbantes oscilações de humor, a que não serão estranhas a dependência do álcool e da cocaína. Perante a embriaguez do dinheiro e do poder, este Fausto da era do rock’n’roll está prestes a deitar tudo a perder.
O teatro do britânico Simon Stephens regressa ao convívio dos Artistas Unidos, depois dos sucessos de Um precipício no mar (2010) e Punk Rock (2014), com “uma peça sobre empatia, loucura e moralidade, sobre a fama e dinheiro, num mundo de culto à celebridade”. E, apesar da aparente simplicidade, esta é, nas palavras de Jorge Silva Melo, “uma meditação dolorosa sobre o capitalismo, o poder e a destruição de vidas pelo consumo: um pesadelo.”
[texto de Frederico Bernardino]
A carreira do espetáculo suspende de 3 a 8 de maio.
Ficha técnica:
Artistas Unidos. Simon Stephens, texto; Pedro Carraca e Jorge Silva Melo, encenação; João Pedro Mamede, Nuno Gonçalo Rodrigues, Pedro Carraca, Rita Rocha Silva, Nídia Roque e Ana Amaral, interpretação.
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