Bombyx Mori
Ola Maciejewska
Loïe Fuller (1862-1928) foi uma artista de performance antes mesmo do termo ter sido inventado: inovadora e impossível de categorizar. Ficou reconhecido através dos seus solos, em que girava em círculos, colocando metros de tecido de seda em volta do seu corpo. Ela encaixa-se no movimento art nouveau, mas também se divertia a dançar em casa, na sala Folies Bergère, em Paris. Por ser a primeira pessoa a fazer uso da luz elétrica e a posicionar o movimento fora do corpo, ela foi uma força inovadora nos mundos da dança e do teatro. Colaborou com figuras como Auguste Rodin e os Irmãos Lumière.
Nesta peça para três intérpretes femininas, Ola Maciejewska inspira-se na Dança Serpentina de Fuller. Ola explora a relação nas artes entre seres humanos e matéria física, criando movimento em grandes pedaços de tecido. Ela brinca com a confluência de corpos e objetos e a batalha que estes empreendem.
Bombyx Mori alude ao bicho de seda, que se tornou inteiramente dependente dos seres humanos para sobreviver. Aqui, o corpo natural e o processo artificial estão inextricavelmente ligados: uma metáfora pungente para uma interpretação escultural, explorando a relação entre o corpo e o artefato, de forma alucinada e em constante vertigem, onde é revelada a natureza híbrida das coisas.
Ficha técnica:
Ola Maciejewska, concepção; Amaranta Velarde Gonzalez, Maciek Sado e Ola Maciejewska, desenvolvimento e interpretação.
11 € - preço normal (ver descontos)
Local: