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Catamarã, nas Ilhas Salomão ninguém se preocupa com os erros ortográficos

Teatro do Eléctrico

teatro
21 novembro a 25 novembro 2018
qua: 10h30 e 14h30 (escolas); qui: 10h30 e 14h30 (escolas); sex: 10h30 (escolas); sáb: 16h (público em geral); dom: 11h e 16h (público em geral)
Culturgest
Catamarã, nas Ilhas Salomão ninguém se preocupa com os erros ortográficos

Ler e escrever pode ser complicado. Sobretudo quando se é criança, e as mesmas palavras podem ser muitas coisas, ou ler-se de muitas maneiras. Sobretudo quando a nossa cabeça tem a mania de nos pregar partidas e trocar as sílabas de lugar, ou mexer as letras de um lado para o outro como num carrocel. Aí as palavras tornam-se um quebra-cabeças chinês!

Salmão não é Salomão! Salomão são as Ilhas. Salmão é um Peixe. Ou uma Cor… E as línguas também podem ter cores. É verdade! Podem ser transparentes ou opacas. Depende dos sons que cada letra pode ter. Pois… estranho não é? Lá estão as palavras a complicar tudo… Ao menos os números são sempre iguais e não atrapalham ninguém. Para o PEIXE-BOLHA a realidade era toda como os filmes do antigamente. Sem palavras e só com música. Afinal a Música também é matemática… Ou então era tudo como naqueles filmes em que estão sempre todos a cantar. É que quando se canta as palavras ficam mais fofinhas dentro na boca. Escorregam como um gelado de Melão. Que rima com Salomão. Que são umas ilhas incríveis no meio do Pacífico, onde o mar é transparente, as crianças têm grandes caracóis louros e provavelmente ninguém se preocupa com os erros ortográficos!


CATAMARÃ fala da relação entre um Rapaz – o PEIXE- BOLHA, que está muito zangado com as palavras, e uma Rapariga – a CATAMARÃ, que sonha um dia viajar de barco até ao Pacífico. Fala também de erros ortográficos, de significado e significante, de letras e palavras fora do lugar, e de como esta desarrumação pode mudar o sentido de tudo… Mas esta não é uma peça sobre dislexia, ou sobre escolaridade, é sobretudo uma história sobre crescimento, sobre a nossa relação com o tempo e com os outros, sobre a distância que não se mede com números, e sobre palavras… mesmo aquelas difíceis de explicar…

Ana Lázaro

Ficha técnica:

Teatro do Eléctrico. Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves, criação; Ana Lázaro, texto; Ricardo Neves-Neves, encenação; Susana Madeira e Vítor Oliveira, interpretação.


3 €

Local:

Culturgest

auditório, museu