De Mary para Mary
Maria do Céu Guerra e Rita Lello
Depois de ter encarnado Isadora Duncan, no belíssimo espetáculo Isadora, Fala! (estreado no São Luiz em meados deste ano), a atriz Rita Lello volta aos solos e aos vultos do pensamento feminista com De Mary para Mary.
A peça, da autoria da espanhola Paloma Pedrero, versa sobre a vida e obra de Mary Wollstonecraft (1759-1797), autora do percursor A Vindication of the Rights of Woman (1792), muito provavelmente o primeiro tratado feminista do mundo. No texto, Mary está prestes a morrer de febre puerperal e dirige-se à filha recém-nascida para lhe contar as vicissitudes de uma vida pessoal muito pouco convencional à época e que, naturalmente, acabou por ensombrar a importância da sua obra.
Como lembra Maria do Céu Guerra, que dirige o espetáculo, e com Rita Lello assina a dramaturgia, Mary Wollstonecraft “escreveu muito, fez conferências, deixou um livro sobre a condição feminina por acabar, Maria ou os erros da mulher, casou três vezes [e] teve duas filhas”, sendo que “a última delas é a bebé a quem se dirige” na peça, e que, feita mulher ficaria imortalizada na história da literatura ocidental como Mary Shelley, autora de um dos romances mais populares (e extraordinários) de sempre, Frankenstein. [texto:Frederico Bernardino/Agenda Cultural de Lisboa]
Ficha técnica:
A Barraca, Ajagato e Rita Lello. A partir de Paloma Pedrero. Rita Lello e Maria do Céu Guerra, versão cénica; Maria do Céu Guerra, criação; Rita Lello, interpretação.
15 € - preço normal (ver descontos aplicáveis)
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