Dressing Room

Em Dressing Room, a cena é dominada por um único elemento de luxo: o vestido que a atriz enverga, cuja aquisição representou a principal fatia do orçamento do espetáculo. A partir deste gesto deliberado, Lígia Soares constrói uma narrativa crítica e irónica sobre o valor simbólico dos objetos e sobre o custo, material e moral, da criação artística. O espetáculo confronta o público com a viabilidade ética de um artigo de luxo, interrogando até que ponto é possível conjugar a estética e o engajamento político, o entretenimento e a consciência social, a escolha e a contemplação.

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