Presença, Ausência, Invisibilidade
'Branca de Neve'
O Performance & Cognição do ICNOVA organiza o Encontro Internacional Presence, Absence, Invisibility, que decorre em Lisboa de 10 a 14 de outubro e inclui comunicações, performances e workshops.
Académicos e artistas de todo o mundo vêm a Lisboa refletir sobre como as questões da presença, centrais para a teoria das artes cénicas e para a formação dos performers, podem ajudar a pensar o distanciamento social, as sociabilidades distantes, apáticas, receosas, agressivas, vigilantes, vs. uma reformulação de laços e uma profunda necessidade de abraçar o mundo.
Escolhido para integrar o programa deste encontro, o filme Branca de Neve, de João César Monteiro, radical e refletido, ilumina, com o seu negro, essa discussão.
A Banca de Neve de João César Monteiro adapta uma peça de Robert Walser que retoma o conto dos irmãos Grimm: salva pelo beijo do Príncipe ao sono das trevas, Branca de Neve confronta a madrasta e o caçador que esta incita a apunhalar a enteada. João César Monteiro deixou a tela quase sempre negra, com raras imagens de outra cor e as imagens sonoras (as vozes dos atores). Na altura deu brado e foi o escândalo, mas já não vale a pena voltar a ele. Vale a pena é voltar a ver Branca de Neve, outra vez e outra vez, no escuro da sala, no quarto escuro. (Cinemateca Portuguesa)
Ficha técnica:
De João César Monteiro, com as vozes de Maria do Carmo, Reginaldo da Cruz, Ana Brandão, Luis Miguel Cintra, Diogo Dória, João César Monteiro
Portugal, 2000 – 75 min | M/12
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