Feeling

Feeling desdobra‐se em dois núcleos, Olhar e Ressonância, que convocam o conhecimento científico, a expressão artística e a vivência emocional ao questionarem o lugar da intersubjetividade na relação humana e na experiência estética do bebé.

O primeiro núcleo, Olhar, integra o trabalho inovador e de longa data da Companhia de Música Teatral (CMT) na produção de projetos artísticos para a infância e a investigação sobre as respostas e o envolvimento dos bebés realizada pela equipa do Laboratório de Música e Comunicação na Infância/CESEM da FCSH‐UNL.

Olhares autênticos de bebés conduzem‐nos às suas experiências singulares, observáveis em vídeos, que capturam momentos intrigantes de reações de bebés perante segmentos de espetáculos da CMT, sujeitos a uma microanálise comportamental e interacional.

Estas reações dos bebés convidam a um questionamento acerca do impacto e da natureza intrínseca da experiência estética na infância.

O segundo núcleo da exposição, Ressonância, desloca a investigação científica, desenvolvida no projeto lisBOND da Universidade de Lisboa e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), para um espaço interativo de expressão artística e de vivência emocional, onde se evidencia a importância da intersubjetividade na formação dos vínculos humanos precoces.

O percurso inicia-se com a possibilidade de revisitação de vivências pessoais nas trajetórias de vida, absorvidas na memória e impregnadas num organismo dinâmico em constante metamorfose identitária.

Nos subnúcleos seguintes o desafio é experimentar-se como cocriador de momentos interativos a partir de sentimentos, significados, impactos estéticos e decisões motivadas por ressonâncias com modelos de bebés virtuais gerados por inteligência artificial.

Ressonância termina com uma síntese autorreflexiva perante um mosaico identitário, onde a diversidade das experiências relacionais se funde numa imagem única que apela à responsabilidade individual e coletiva.

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