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In memoriam Teri Garr

'Do Fundo do Coração' de Francis F. Coppola

cinema
7 dezembro 2024
sáb: 17h30
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
In memoriam Teri Garr

Teri Garr, uma das atrizes mais acarinhadas da Nova Hollywood, começou por ser uma bailarina, mas, farta de trabalhar como “extra” em filmes e espetáculos de variedades, arriscou uma carreira composta por papéis mais sérios que, acima de tudo, lhe granjearam outro tipo de atenção. Associando a sua presença airosa e enérgica, o domínio do timing cómico e o rosto sonhador e terno à capacidade, que lhe vinha da dança, para “mexer o corpo”, Garr trabalhou com alguns dos melhores atores da sua geração, destacando-se o papel em que contracena com Dustin Hoffman na comédia TOOTSIE, de Sydney Pollack, que lhe valeu uma nomeação para o Oscar de Melhor Atriz Secundária, e sob a direção de cineastas tão influentes quanto Robert Altman, Martin Scorsese, Steven Spielberg, Mel Brooks e, acima de tudo, Francis Ford Coppola: primeiro, em THE CONVERSATION, em que contracenou com Gene Hackman, e, depois, em ONE FROM THE HEART, ao lado de Frederic Forrest, ator desaparecido no ano passado. É dela a personagem mais marcante e enternecedora da grande fantasia fílmica que elevou artisticamente o cinema de Coppola mas que o afundou financeiramente. É, no fundo, à personagem de Garr, Frannie, que Coppola dedica o coração do seu “Taj Mahal” cinematográfico. (Cinemateca Portuguesa)

ONE FROM THE HEART/ Do Fundo do Coração

De Francis Ford Coppola, com Teri Garr, Frederic Forrest, Raul Julia, Nastassja Kinski

Estados Unidos, 1982 – 94 min / legendado em português | M/12

Com esta feérie romântica, Coppola propôs-se reinventar o musical numa Las Vegas de estúdio e com grandes inovações técnicas. Aqui tentou fazer nascer a sua companhia, a Zoetrope, e aqui se afundou economicamente o realizador, mesmo que o filme tenha ficado como uma das obras mais decisivas dos idos anos 80. ONE FROM THE HEART é também um filme indissociável da melancolia da banda musical de Tom Waits, e do tilintar da moeda caída ao chão que se ouve numa das canções. A apresentar em cópia digital, numa nova versão que o realizador fez e a que deu o subtítulo Reprise. (Cinemateca Portuguesa)

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