Inadjectivável
'Os Perigos do Flirt' de Ernst Lubitsch
Retomando as palavras de João Bénard da Costa, a quem a rubrica toma emprestado o título e serve de homenagem, são exibidos filmes que tenham “entre tantas, tantas outras coisas de beleza inadjectivável”.
Filme de maio:
THE MARRIAGE CIRCLE/ Os Perigos do Flirt
De Ernst Lubitsch, com Florence Vidor, Monte Blue, Marie Prevost, Creighton Hale, Adolphe Menjou
Estados Unidos, 1924 – 92 min / mudo, intertítulos em inglês legendados em português | M/12 | Com Acompanhamento ao piano por Daniel Schvetz
Foi o primeiro dos cinco “filmes de costumes” feitos em três anos para a Warner Brothers (a The Marriage Circle acrescem Three Women, o “perdido” Kiss Me Again, Lady Windermere’s Fan, So This Is Paris), em que Lubitsch assinou ainda Forbidden Paradise, por cedência do estúdio à Famous Players‑Lasky. Realizado já depois de Lubitsch ter visto A Woman of Paris, de Chaplin (1923), que muito o influenciou, The Marriage Circle é tido como o filme que marcou o reconhecimento oficial do “Lubitsch touch”, revelando um estilo que na própria época houve quem considerasse como um novo marco no cinema, na sofisticação da mise-en-scène, no ritmo e nos subentendidos maliciosos. Uma comédia conjugal de enganos, trocas, rodopios, volte-faces de último minuto, que é uma autêntica caixinha de surpresas. Em 1932, Lubitsch volta a The Marriage Circle para um “remake”: One Hour With You. (Cinemateca Portuguesa)
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