Inadjectivável
"Roma, Cidade Aberta" de Roberto Rossellini
Regressa à Cinemateca a rubrica regular, Inadjectivável, suspensa pela pandemia. Voltam a ser exibidas, ao ritmo de um filme por mês, obras para cuja beleza, ou para cuja grandeza, nunca há qualificativos suficientes (retomando as palavras de João Bénard da Costa, a quem a rubrica toma emprestado o título e serve de homenagem), filmes que tenham “entre tantas, tantas outras coisas de beleza inadjectivável”.
Programa de janeiro:
ROMA, CITTÀ APERTA
Roma, Cidade Aberta
De Roberto Rossellini, com Aldo Fabrizi, Anna Magnani, Marcello Pagliero
Itália, 1945 – 99 min / legendado em português | M/12
Realizado imediatamente a seguir ao fim da Segunda Guerra Mundial é uma das obras-primas absolutas de Rossellini, e o filme que lança aquilo a que se convencionou chamar o “neorrealismo”. História de resistência durante a ocupação nazi, com um padre e um comunista aliados na causa comum e Anna Magnani num dos seus papéis mais emblemáticos – a sequência da sua morte é das mais prodigiosas na obra de Rossellini. No cinema italiano, recém-saído do “escapismo” do cinema do período fascista, Roma, Cidade Aberta teve o efeito de uma bomba. O seu poder emocional continua intacto. A apresentar em cópia digital.
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