João Ferro Martins
Objetos em eterno colapso
A exposição Objetos em Eterno Colapso evoca um sistema planetário absorvido por buracos negros onde a humanidade atinge o fim, renascendo num processo de eterna renovação. Ao entrar no Pavilhão, o público concorda em participar numa narrativa provocadora de imagéticas que se desdobram numa passagem circular. O percurso pelo Pavilhão Branco segue a habitual visita em estilo fita de Möbius.
Objetos em Eterno Colapso contrasta os vestígios de um furacão com o asseio organizado de uma era passada da indústria discográfica. As salas do piso superior albergam dezenas de altifalantes encontrados, numa referência à instalação sonora (silenciada) que tem vindo a surgir em múltiplas ocasiões no trabalho do artista. Os discos de vinil expostos em analogia constituem uma alusão ao som e à música, elementos de destaque na prática do artista.
João Ferro Martins selecionou ainda objetos da coleção do Staatliche Kunstsammlungen Dresden – Archiv der Avantgarden. É apresentada uma ampla gama de referências visuais, incluindo clássicos de vinil da década de 1950 (Karlheinz Stockhausen) até aos anos 80 (Laurie Anderson) e 90 (Meredith Monk), passando por Fluxus (Philip Corner, Ben Vautier), poesia sonora (Sten Hanson) ou música concreta (Pierre Henry) que explora as frequências ressonantes da sala em que se está sentado.
Terça a sexta, das 11h às 13h/14h às 17h, sábado e domingo, 10h às 12h
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