L‘homme rare

Em L’homme rare (O homem raro), Nadia Beugré explora o constrangimento que surge quando os homens se movem de formas que são percepcionadas como “femininas”, como se sacudir as nádegas ou balançar os quadris pudesse colocar em risco a sua masculinidade duramente conquistada. Encarando com frontalidade questões de género e de raça, Beugré dirige uma coreografia tensa que desafia a forma como olhamos os corpos, masculinos e femininos, negros ou árabes. Cinco homens, com formação em diferentes estilos de dança, surgem apenas de costas, ondulando juntos ou explorando movimentos individuais. Somos voyeurs, o nosso olhar europeu tem sido questionado ao longo da história e pelo modo como persiste até aos dias de hoje.

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