Margarida Jardim
De muito longe

Neste seu novo projeto, Margarida Jardim traz-nos onze trabalhos em alcatrão sobre papel.
Escreve António Guerreiro, o que dão a ver estes quadros que, para além de não representarem nada e de não resultarem da aplicação de um conjunto de formas sobre um suporte (pelo contrário, uma boa parte do trabalho da artista consiste em de-formar o suporte), se caracterizam, em geral, por uma escala de tonalidades que vai do luminoso ao sombrio?
O que se vê nas regiões da superfície dos quadros onde reina a sombra? Talvez possamos responder a estas perguntas, dizendo: deles emana uma intensidade que advém, em grande parte de um certo efeito de privação que transmitem. Eles têm a capacidade de confrontar o espectador com uma experiência da negatividade, pelo lado do informe, do ilimitado, do sombrio.
Terça a sábado, das 15h30 às 19h30
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