MOTELX 2018

O terror está de regresso com mais uma edição do MOTELX. O Cinema S. Jorge é a sala principal onde o medo é sentido com maior intensidade. A abertura do evento começa aqui com a estreia The Nun – A Freira Maldita, de Corin Hardy, a força maléfica que assume a forma de uma freira é a mesma que aterrorizou os espetadores em The Conjuring 2, o realizador da saga, James Wan, é agora o produtor do filme The Nun .

Outras estreias internacionais marcam o festival: da Dinamarca chega Cutterhead, de Rasmus Kloster Bro, um filme claustrofóbico que questiona o projeto europeu; do México o premiado Tigers Are Not Afraid, de Issa López, um retrato das crianças que vivem nas ruas e que sobrevivem às guerras entre cartéis de droga mexicanos; e Ghost Stories, adaptação cinematográfica da peça escrita e encenada pela dupla britânica Andy Nyman e Jeremy Dyson que assina a realização desta antologia de terror.

A 12.ª edição do festival assinala também a celebração do 200.º aniversário da obra Frankenstein, clássico da literatura de terror gótico, criada por Mary Shelley. A propósito desta data a Cinemateca exibe um programa que vai buscar inspiração ao tema. De salientar os filmes de James Whale e Terence Fisher. Na secção Quarto Perdido, o destaque vai para a obra de Solveig Nordlund, cineasta sueca naturalizada portuguesa que estreou a sua primeira longa-metragem, em 1983, intitulada Dina e Django, uma tragédia de amor baseada no caso real de um jovem casal homicida. Antes tinha trabalhou como assistente e montadora em filmes de João César Monteiro, Manoel de Oliveira, João Botelho ou Fonseca e Costa. A sua obra singular é em parte inspirada no escritor britânico J.G. Ballard, autor de Crash e O Império do Sol, livros adaptados ao cinema por David Cronenberg e Steven Spielberg, respetivamente.

O festival inclui ainda sessões para os mais novos, na muito concorrida secção Lobo Mau, jogos aterradores, workshops e master classes.

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