Netos de Bandim

Fundado pela AMIC em 2000 na Guiné-Bissau, o grupo Netos de Bandim começou como uma associação de trabalho social no pós-guerra civil, usando a cultura como ferramenta de transformação. Desde então, tornou-se uma das principais forças de promoção e preservação da cultura guineense, realizando um trabalho notável de pesquisa entre as mais de 40 etnias que compõem a diversidade cultural do país.

Ao longo da sua trajetória, têm contado com a participação de artistas de renome da música popular guineense como Oraca, Nenê Pereira ou Djilam Ture, entre outros, enriquecendo um repertório que abrange estilos tradicionais como gumbé, djambadon, kussundé e cabaró. Estilos que têm raízes profundas em grupos étnicos como os fula, mandjako, mandinka, balanta e bijagós.

As apresentações de grupo exploram temas como cerimónias de iniciação, festas de fim de lavoura e questões sociais e políticas. Para esta apresentação no TBA, o grupo preparou um programa centrado no conceito de mandjuandadi, uma tradição que promove rodas comunitárias de partilha de histórias e saberes, frequentemente lideradas por mulheres em áreas suburbanas da Guiné-Bissau. A expressão máxima do mandjuandadi é o estilo tina, caracterizado por uma estrutura de pergunta e resposta presente no canto, no ritmo e na dança. Essa interação é enriquecida pelo uso da cabaça, das palmas de madeira e pela dança (Badju di Tina).

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