No Yogurt for the Dead
Tiago Rodrigues
Quando o pai de Tiago Rodrigues se encontrava hospitalizado, nas últimas semanas de vida, foi visitado regularmente por Teresa, uma voluntária que passava o tempo a conversar com os pacientes, ajudando a combater a solidão da doença. Durante as visitas de Tiago, o pai falava-lhe dos seus encontros com Teresa e, um dia, pediu-lhe que trouxesse um caderno e uma caneta, para escrever um livro sobre as suas experiências no hospital. Já tinha até um título: No Yogurt for the Dead. O pai de Tiago sempre detestou iogurte, mas tinha começado a gostar, uma vez que passou a fazer parte da sua dieta diária.
Depois da morte do pai, Tiago abriu o caderno para ver o que lá tinha escrito, mas havia apenas algumas linhas e manchas. A mão do pai devia estar demasiado fraca — eram apenas rabiscos. Mais tarde, Teresa contou a Tiago que o pai falava constantemente do livro, querendo combinar nele a experiência de estar hospitalizado com memórias da sua vida, em particular as do seu trabalho como jornalista. Foi então que Tiago Rodrigues decidiu escrever No Yogurt for the Dead, sobre uma voluntária que ouve as histórias de um homem prestes a morrer e sobre o livro que ele nunca chegou a escrever.
Ficha técnica:
NTGENT/ Culturgest. Tiago Rodrigues, texto e encenação; Lisah Adeaga, Manuela Azevedo, Beatriz Brás e Hélder Gonçalves, interpretação.
20 € - preço normal (ver descontos aplicáveis)
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