O Parque Mayer visto por Lauro António
Em meados dos anos 70, depois ter realizado a curta-metragem “Vamos ao Nimas” sobre os cinemas de bairro de Lisboa que estavam rapidamente a desaparecer, o meu pai, Lauro António, tinha projetado fazer mais um conjunto de filmes numa série a que chamou “Os Arquivos da Cidade”. Dentro dessa série estava um filme sobre os quiosques, um sobre a Feira Popular e outro sobre o Parque Mayer. Os dois primeiros chegaram a ser filmados apesar de nunca montados por falta de financiamento, e o terceiro começou a ser preparado.
As fotografias que aqui se expõem são o resultado dessa repérage e o retrato de um Parque Mayer em vésperas da Revolução dos Cravos, com quatro teatros a funcionar. E deixa-nos a interrogação de que Parque temos agora que celebramos os seus 100 anos e que Parque iremos ter no futuro.
Fica a memória de um filme nunca filmado, as memórias das imagens do Parque visto pelo olhar do meu pai para um filme que poderia ter guardado muito mais de um Parque que se foi alterando de geração para geração, que se altera conforme quem olha para ele, mas que nunca deixou de nos fazer sonhar.
Frederico Corado
Segunda a sexta, das 13h às 18h (em dias de espetáculo, até ao seu início, para quem tenha bilhete)
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