Paraíso – A Divina Comédia
Teatro O Bando
Quem procura o Paraíso não sabe que era amor o que Dante procurava. Amor? O amor pelo poder, que justifica a existência de Deus, reconhece o prazer megalómano da mente. O amor egocêntrico, que desagua no ódio ao outro, aumenta o prazer narcísico. O amor pelos outros, que tem a missão altruísta de apenas dar. O amor pelo movimento, que intensifica sensações e sentimentos viajantes. O amor carnal, que fertiliza o prazer de continuar vivo. O amor pelo conhecimento, que sustenta a curiosidade e o prazer de ver. O amor pela Arte, que enaltece o que é particular. Este é um Teatro que ama a representação.
Nesta encenação de João Brites, Pedro Gil é um Dante solitário em diálogo interior com uma muito singular paixão e a plasticidade vocal de Sara Belo continua a dar corpo à inatingível Beatriz. Com eles estará uma surrealista banda de sopros que mistura o corpo dos instrumentistas com os instrumentos como se fosse a obra inacabada de um ceramista louco.
Este é um Teatro que ama o que é visual. Começou com a escadaria em espiral do Inferno, passou pelas afuniladas pontes do Purgatório e chega agora à suspensão flutuante do Paraíso. Esta chegada ao Paraíso nunca será o que Dante Alighieri imaginou, muito menos o que os mais acérrimos investigadores terão deduzido.
Este é um Teatro que ama a genialidade de quem, ainda hoje, nos ajuda a questionar a humanidade.
Devido a uma situação de doença na equipa artística, a temporada está suspensa de 13 a 16 de fevereiro.
Sessão estra: dia 20, às 21h
Ficha técnica:
O Bando. A partir de Dante Alighieri. Miguel Jesus, texto; João Brites, encenação; Pedro Gil e Sara Belo, interpretação; Ana Raquel, João Ferreira, João Gomes, João Pedro Silva ou Vasco Avença, Maria Felicidade, Mário Cabica, Miguel Oliveira, Patrícia Silva e Rodrigo Cardoso, interpretação musical; Jorge Salgueiroc, música e direção musical.
9 € a 16 € - preço normal (ver descontos aplicáveis)
Local: