Perguntar às paredes, conversar com a cidade
Laboratório criativo

Já alguma vez pensaste sobre a escrita nas paredes da cidade? À parte da sua proibição, já consideraste se têm alguma contribuição social? Já imaginaste quem participa nesta atividade marginal?
Apesar da aparente neutralidade, o espaço público das cidades está marcado por uma série de prioridades: um encosto que substitui um assento, numa paragem de autocarro; um café, em vez de um skate-park; um centro-comercial, no lugar de um jardim; ou um hotel, onde poderia nascer uma residência pública. Uma série de práticas de resistência (sobretudo) juvenis contrariam essa tendência: desde o parkour, ao skate (fora do parque), ao graffiti, e até mesmo ao repouso, ao sentar sem querer nada para comprar.
Este Lab, através das paredes e dos muros do bairro da Graça e desdobrado em três encontros, foca-se nas práticas da escrita criativa transgressiva — entre o graffiti e a pichagem política — como fenómeno subcultural global de protesto social, de resistência radical, bem como de experiência e exploração sensorial.
10-14 anos
Ficha técnica:
com Benedita Salema Roby e Kitti Baracsi/periferias dibujadas
Local: